Oposição critica o governo pela criação de 241 cargos

ZERO HORA 09 de fevereiro de 2011 

Aliados são maioria, mas adversários do Piratini apontam contradições petistas e atacam propostas
No início dos trabalhos, deputados de oposição atacaram o pacote de projetos do governo do Estado, que tramita em regime de urgência e prevê a criação de 241 cargos. Enquanto oposicionistas apontam supostas contradições do PT em relação ao discurso sustentado no governo Yeda Crusius (PSDB), governistas se defendem com o argumento de que enviaram somente propostas previstas no programa de governo.
– O governo foi para a imprensa dizer que o equilíbrio das contas públicas não era bem assim. Se o Estado está nessas condições, talvez em uma ou outra situação se possa avaliar (a criação de cargos) em nome da eficiência. Mas está demais – afirmou o líder de bancada Giovani Feltes (PMDB).
O conjunto de projetos é tratado pelo Piratini como estratégico para o Estado. Como o governador Tarso Genro tem maioria na Assembleia, não deve ter dificuldades para aprovar as propostas. Levantamento realizado ontem por Zero Hora com líderes de bancada indica que itens do pacote devem ter aval até mesmo da oposição. Já os projetos que propõem a criação de cargos são os que têm maior resistência entre DEM, PMDB e PP, por exemplo. Paulo Borges (DEM) elevou o tom:
– Sou contra todo e qualquer projeto colocado goela abaixo.
Em defesa do governo, o líder da bancada do PT, Daniel Bordignon, declarou que “incoerência houve quando a então governadora enviou o tarifaço para aumentar impostos, que foi votado em apenas dois dias”. Segundo o deputado, a oposição tenta desviar o debate do conteúdo das propostas.
Alvo de críticas do PT durante o governo Yeda, o uso do pedido de urgência acabou constrangendo parlamentares petistas. Em resposta, o governo recuou e resolveu dar trâmite normal a três das 17 propostas – pensão a ex-governadores, política de combate à pobreza extrema e transparência. A líder do governo, Miriam Marroni (PT), levou a reivindicação ao palácio. Deputados da oposição querem que, pelo menos, outras três propostas – relativas a Fundergs, sistema de políticas sobre drogas e ao Protege – tramitem normalmente na Casa.



Governo do Estado e centrais sindicais abrem negociações para reajuste do mínimo regional


 

Sindicalistas propõem aumento de 17,33%


O governador Tarso Genro recebeu na tarde desta sexta-feira dirigentes sindicais para discutir o reajuste no salário mínimo regional.

Os sindicatos trabalhistas pediram aumento de 17,33%, conforme já haviam antecipado na sexta-feira. O atual salário varia entre R$ 546,57 e R$ 594,42. Se fosse aprovado o reajuste proposto, as faixas do mínimo ficariam entre R$ 641,29 e R$ 697,43.

A fórmula da proposta das centrais inclui a média do crescimento do PIB do Estado e do país dos últimos dois anos, acrescido do INPC acumulado dos últimos 10 meses, mais o cálculo sobre a defasagem do piso regional desde 2004.

O governo vai ouvir os empresários antes de enviar o projeto para a votação na Assembléia Legislativa. A proposta com o índice de reajuste a ser acordado deverá ser encaminhada à Assembleia Legislativa ainda em fevereiro.

O mínimo regional atinge 1,130 milhão de trabalhadores gaúchos sem dissídio e acordo coletivo de trabalho. O novo valor deve valer em março.

ZH DINHEIRO, COM INFORMAÇÕES DA RÁDIO GAÚCHA