Autor(es): agência o globo :João Guedes |
O Globo - 04/01/2011 |
PORTO ALEGRE. O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), dedicou seu primeiro dia a reuniões para debater possível convocação extraordinária da Assembleia Legislativa. Os deputados deverão ser chamados, sem remuneração extra, para apreciar projetos relativos a cargos e salários da administração pública, entre eles o que reajusta em mais de 250% os vencimentos de 500 cargos de chefia ou coordenação, que passariam dos atuais R$1,2 mil mensais para R$4,3 mil. O objetivo é oferecer vencimentos melhores em funções estratégicas, que hoje contam com rendimentos considerados pouco atrativos para profissionais qualificados, segundo o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana. Para amenizar o impacto fiscal e político da medida, o governo petista pretende encaminhar ao Legislativo proposta que extingue 148 cargos de confiança apontados como não-estratégicos, que têm salários de até R$1 mil. O corte limitaria a até 0,3% o acréscimo na folha salarial do estado provocado pelo reajuste dos CCs de coordenação, garante Pestana. A proposta provoca reação da oposição. O deputado estadual Edson Brum (PMDB) classifica a proposição como uma iniciativa para o aparelhamento do estado, que favoreceria correligionários indicados para estes cargos. O terceiro projeto estudado por Tarso estenderia às estatais o teto salarial do funcionalismo gaúcho: R$24,5 mil. Hoje, não há limites para os vencimentos dos empregados das companhias. A proposição atingiria especialmente diretores do Banrisul, banco estatal controlado pelo governo gaúcho. Em entrevista ao jornal "Zero Hora", o presidente do banco, Mateus Bandeira, indicado pela ex-governadora Yeda Crusius, criticou a intenção da nova gestão petista. Ele argumenta que a política salarial do estado depende da arrecadação de tributos, enquanto a das estatais está vinculada à capacidade de cada companhia de gerar receita. |

Tarso estuda reajuste de 250% a comissionados
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